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FILOSOFIA

A Filosofia nasce na Grécia, em Mileto , cidade Jónica da Ásia Menor, hoje Turquia. A sua emergência resulta do facto dos primeiros pensadores sentirem necessidade de compreender e explicar a natureza (Physis) de modo racional.

FILOSOFIA

A Filosofia nasce na Grécia, em Mileto , cidade Jónica da Ásia Menor, hoje Turquia. A sua emergência resulta do facto dos primeiros pensadores sentirem necessidade de compreender e explicar a natureza (Physis) de modo racional.

O contraste Mito-Logos

05.03.22, António A. B. Pinela
Se bem que seja já uma primeira forma de explicação do universo, a explicação mítica assume, ainda, uma atitude passivaperante a realidade. Por exemplo, os antigos narradores, Homero e Hesíodo, transmitiam as suas histórias sem que se predispusessem a provar ou a justificar as mesmas. Aristóteles vem dizer, mais tarde, que a filosofia distingue-se do mito, porque é próprio dos filósofos dar razão daquilo que falam. Eis, uma primeira diferença entre o pensamento mítico e o (...)

O homem “pré-filosófico”

04.03.22, António A. B. Pinela
As narrativas míticas revelam já a preocupação do homem “pré-filosófico” em querer conhecer qual a sua posição no seio da imensidão do universo. Daí que as primeiras “interrogações” tenham recaído, não propriamente sobre o espaço restrito do homem, mas sobre realidades mais complexas para o pensamento humano: a origem do mundo e das suas partes, os fenómenos da natureza ― realidades exteriores ― foram, muito provavelmente, os primeiros motivos a que os míticos (...)

A função simbólica do mito

03.03.22, António A. B. Pinela
A partir do momento em que o homem toma consciência da sua própria realidade, dá início a um longo processo de reflexão sobre a sua existência, a sua vivência e o seu meio, que se expressa pela capacidade de representar por símbolos a realidade do seu universo. Esta forma originária do pensamento humano, que terá resultado da elaboração imaginativa da percepção do mundo, evolui e vai transformar-se em imagens; surgindo assim o pensamento simbólico, inspirador das (...)

A consciência mítica

01.03.22, António A. B. Pinela
Quando o homem começa a tomar consciência da sua própria realidade e verifica que no seu habitat coabitam outras espécies, diferentes da sua, que lhe causam problemas, e que outros grupos humanos são hostis entre si; quando o homem se sente aterrorizado pelas forças da natureza como o mar tempestuoso; quando as tempestades lhes destroem os seus bens, começa a intuir que existem causas que obedecem a leis misteriosas que desconhece; e tendo dificuldade em determinar a origem dessas (...)

Contacto

28.02.22, António A. B. Pinela
EFILOSOFIA edita eBooks, e textos de reflexão sobre várias temáticas, estes de livre acesso. Se for do seu agrado, partilhe as suas ideias com “efilosofia”, comentando os nossos textos. OBRIGADO PELA SUA VISITA Autor e editor de EFILOSOFIA António A. B. Pinela, Prof. Email: a.pinela@sapo.pt Telem.: 351 965 193 433 Observação Se precisar de algum eBook contacte-nos através do email acima indicado.

Significado de “mito”.

27.02.22, António A. B. Pinela
Esta palavra deriva do grego (Mythos – fábula, lenda) e significa o relato dos tempos fabulosos e heróicos do passado. Esta breve definição encerra, em si, uma característica comum a todos os mitos daquele tempo: o seu carácter fabuloso, algo inventado, sem existência real, mas crível para os povos que viviam e praticavam o mito. Mircea Eliade diz que «O mito conta uma história sagrada, quer dizer um acontecimento primordial que teve lugar no começo do Tempo, ab initio. Mas (...)

O saber dos nossos antepassados.

24.02.22, António A. B. Pinela
A filosofia nasce num determinado momento específico da nossa cultura. Segundo a tradição, esse momento situa-se nos finais do século VII, princípios do século VI a.C. No entanto, a preceder este tempo, o homem percorreu um longo caminho, em que ele não tinha ainda ideias muito claras sobre si mesmo, nem pensamentos distintos e bem definidos sobre as coisas, a vida e o mundo. Naquela época, a comunicação entre os homens estava impregnada de muitos mistérios. Todas as imagens (...)

O AMIGO FAZ A DIFERENÇA

03.01.22, António A. B. Pinela
O relacionamento humano não é fácil. É mesmo muito difícil. No entanto, a vida humana não poderia ser vivida, nem seria humana, sem nos relacionarmos uns com os outros. Para que a nossa vida tenha sentido, as vivências relacionais são múltiplas: relações familiares, de vizinhança, de trabalho, sociais, de amizade, amorosas, ocasionais… Que relação privilegiar? Todas elas contribuem para o equilíbrio racional e emocional da criatura humana. Contudo, neste jogo relacional (...)

Valores da Liberdade

24.04.21, António A. B. Pinela
«Não faças o que não gostares que te façam». Pítaco de Mitilene Os valores. Que significa valor? Quanto vale isto? Perguntamos. Quanto vale esta coisa, quanto custa? Estamos a falar de valor comercial. Mas também dizemos, fulano tem muito valor. Às vezes quereríamos dizer que ele tem muito mérito, porque tem merecimento ou aptidão. Ou então dizemos que é muito prestimoso, ou seja, que é uma pessoa prestável. Não raro dizemos a um amigo: este relógio raramente está (...)

A acção do filósofo

05.11.20, António A. B. Pinela
O filósofo, enquanto filósofo, é uma pessoa que deverá estar acima das paixões e dos acidentes da vida. Uma das actividades mais importantes do filósofo é reflectir, analisar e questionar as ocorrências da essência humana, o universo e a verdade, tudo considerado de modo holístico. Como professor, pensador ou ensaísta, analisando as principais questões da sociedade, ele só ganhará credibilidade pugnando pela verdade. Se assim não o fizer, ele nunca será um filósofo. (...)

CRÍTICA ÀS MEDIDAS DE "CONFINAMENTO"

05.11.20, António A. B. Pinela
A propósito das medidas, agora propostas pelo governo, de entre elas o confinamento ou não confinamento, em que todos temos a melhor proposta, leiamos um texto que escrevi há já algum tempo: «No sentido corrente (ao nível do senso comum), a crítica é um juízo desfavorável (a crítica é o contrário de elogio). No entanto a crítica não é isso. É, antes, um estudo ― uma apreciação ― destinado a avaliar uma obra, um procedimento, uma atitude, de modo favorável ou (...)

A verdade

04.09.20, António A. B. Pinela
Não é porque eu quero que seja verdade, que algo é verdade. A "minha verdade" significa tão só a "minha verdade". Não a verdade evidente por si mesma. Esta é universal: é verdade para mim, como para ti, como para o outro. Não queira impor como verdade o que pensa ser verdade, ou lhe dá jeito que o que diz pareça ser uma evidência. Para fazer valer as suas proposições apresente-as em termos lógicos. Ou seja: apresente os seus argumentos e defenda-os de modo racional, mas (...)

Democracia e Liberdade

22.06.20, António A. B. Pinela
Assistia, há algum tempo, a uma conferência, em Lisboa, sobre o tema em epígrafe, quando, depois do conferencista ter explicado o que se lhe oferecia dizer sobre Democracia e Liberdade, se ouviu uma voz convicta: «a democracia teve origem na União soviética». Fez-se silêncio. Aquele silêncio que ensurdece. Impávido, o conferencista, que tinha iniciado a sua palestra pelas origens da democracia, passado o silêncio, continuou o seu trabalho, interrogando a assistência: «mais (...)

IMAGENS PERTURBADORAS

01.06.20, António A. B. Pinela
Tudo é de esperar em terras do “Tio Trump”. No decorrer da minha idade, já presenciei (pela leitura, imagem ou som) o desempenho de muitos presidentes dos Estados Unidos da América, desde Dwight D. Eisenhower (presidente de 1953 a 1961) até ao actual. Não me recordo de tanto incentivo à violência como no mandato deste senhor, em funções. Raramente, Trump faz uma declaração apaziguadora. Ele não tem essa capacidade. Ele adoptou, como princípio de acção política, a (...)

Aprendizagem da Filosofia

01.03.20, António A. B. Pinela
  A ideia de escrever um texto sobre filosofia, num registo mais iniciático, relaciona-se com dificuldades manifestadas por alguns aprendizes de filosofia, na compreensão do sentido da disciplina ou, melhor dito, dos sentidos que esta envolve. Diziam-me aqueles aprendizes que estudavam, estudavam… e que até “tiravam” boas notas, mas que, mesmo assim, sentiam dificuldade de explicar, com convicção, o significado desta disciplina. Sabiam o que é a Matemática e para que serve; (...)

Os valores da liberdade (31.12.19)

31.12.19, António A. B. Pinela
  «Não faças o que não gostares que te façam».                               Pítaco de Mitilene Os valores. Que significa valor? Quanto vale isto? Perguntamos. Quanto vale esta coisa, quanto custa? Estamos a falar de valor comercial. Mas também dizemos, fulano tem muito valor. Às vezes quereríamos dizer que ele tem muito mérito, porque tem merecimento ou aptidão. Ou então dizemos que é muito prestimoso, ou seja, que é uma pessoa prestável. (...)

Rousseau denuncia as causas das desigualdades

13.11.19, António A. B. Pinela
O século das Luzes assistiu à sucessão de extraordinários fenómenos. Viu a ciência alcançar progressos bem definidos, maravilhou-se com o brilhantismo das Artes e com o esplendor das Letras, enquanto nos salões parisienses via agitarem-se ideias que inspiraram a Revolução Francesa de 1789 e apreciava a era industrial a desabrochar nas minas de hulha da anti­ga Albion[1]. Um mundo acabava: o ancienrégime; outro começava: o (...)

Organização e Desenvolvimento Curricular

13.11.19, António A. B. Pinela
Organização e Desenvolvimento Curricular LANÇAMENTO DO LIVRO ORGANIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO CURRICULAR  O homem é um ser a caminho,  o currículo é o seu percurso.  «(…) a Organização e Desenvolvimento Curricular é a ciência de tomar decisões sobre a criação de oportunidades de experiências de aprendizagem, bem como a sua respectiva avaliação. Desenvolver o processo de ensino/aprendizagem com os alunos é tomar decisões relativas ao currículo. E o currículo (...)

Felicidade e Natureza Humana Segundo David Hume

04.10.19, António A. B. Pinela
“felicidade” é um daqueles temas que está pouco tratado entre nós e, contudo, a todos implica. Quem não sente o desejo de viver uma vida tranquila, liberta de preocupações excessivas, plena de satisfação, alegre? O mais taciturno dos homens conduzirá, por certo, a sua vida no sentido da felicidade; a mais maquiavélica das mentes exercitará a sua acção espúria para atingir os objectos da sua paixão; o espírito benfazejo não terá outra coisa em mente senão a (...)

Essência da Religião 02

18.09.19, António A. B. Pinela
A religião emerge de contextos culturais específicos. Antes de se considerar o homem como um ser religioso, ele é um ser natural que, lenta e progressivamente, vai sendo aculturado. Assim, empregando uma terminologia clássica, o homem pode ser definido como animal racional (porque dotado de razão), como animal político (porque é um ser gregário que vive em sociedade), mas também pode definir-se como animal religioso (porque os valores religiosos lhe são essenciais). Não se (...)