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FILOSOFIA

A Filosofia nasce na Grécia, em Mileto , cidade Jónica da Ásia Menor, hoje Turquia. A sua emergência resulta do facto dos primeiros pensadores sentirem necessidade de compreender e explicar a natureza (Physis) de modo racional.

FILOSOFIA

A Filosofia nasce na Grécia, em Mileto , cidade Jónica da Ásia Menor, hoje Turquia. A sua emergência resulta do facto dos primeiros pensadores sentirem necessidade de compreender e explicar a natureza (Physis) de modo racional.
16.12.07

Funções do Professor


António A. B. Pinela

No início de mais um ano lectivo e depois de, nos últimos tempos, se ter tratado tão mal os professores, ocorre-me recordar, a quem frequentemente esquece (ou ignora), as funções dos professores.

 

No desempenho das suas funções, ao docente não basta a formação científica que adquiriu no Ensino Superior, na área da sua especialidade, para leccionar. Também lhe é exigida, como não poderia deixar de ser, formação pedagógica e didáctica.

 

Da análise de alguns diplomas, que reflectem a formação inicial e contí­nua, a formação em serviço [antiga] e o estágio pedagógico [ramo educacional...] dos professores, publicados a partir de 1985, recolhemos informação que permite retratar o perfil do docente que o poder político idealizou [ou simplesmente somou], ao atribuir-lhe um conjunto vasto de funções.

 

Vejamos, em primeiro lugar, a ideia do perfil profissional exigido aos educadores e professores do ensino básico e secundário.

 

Princípios essenciais da formação de professores: Formação inicial – A formação inicial dos docentes é a que confere qualificação profissional para a docência e tem como objectivo: a formação pessoal, social e cultural; a formação científica na sua especialidade; a formação científica no domínio da pedagogia e da didáctica; o desenvolvimento de capacidades e atitudes de análise crítica, de investigação e inovação pedagógica; o desenvolvimento de competências no exercício da prática pedagógica. Formação contínua – A formação contínua visa: promover a actualização e aperfeiçoamento da actividade profissional; a investigação aplicada e a divulgação da inovação educacional; a aquisição de novas competências, como a especialização nos diferentes do­mínios que o sistema educativo prevê; e o desenvolvimento da auto-aprendizagem.

 

A formação e especialização requeridas devem-se à necessi­dade dos professores participarem nos diversos órgãos de gestão escolar, bem como no processo de desenvolvimento curricular, que requer do docente o domínio de múltiplas capacidades e competências, como planificar e programar, implementar e avaliar a sua actividade; desenvolver processos de investigação; proceder de modo sistematizado à inovação pedagógica; participar em vários ambientes da vida educativa.

 

Sumariamente, indicamos a que níveis o professor desempenha funções: no sistema educativo; no conselho de grupo; na turma; no conselho de turma; na direcção de turma; no conselho de directores de turma; no conselho pedagógico, na administração e gestão escolar, etc.

 

Para além das tarefas mais específicas, directamente ligadas à docência, contidas no processo de desenvolvimento curricular, o docente desempenha outras funções, tais como: delegado de grupo; coordenador dos directores de turma; membro do conselho pedagógico; membro da secção de formação, orientador de estágio, director de instalações/biblioteca, membro do conselho executivo, membro do conselho de escola. E tantas outras tarefas…

 

Com se verifica, a estes profissionais do ensino não basta a sua formação inicialpara serem titulados de professores. A par desta e da formação pedagógico-didáctica [adquirida com o estágio e ao longo da sua carreira], o docente tem que, permanentemente, procurar a autoformação, quer participando em projectos pedagógicos próprios ou em parceria, quer participando em acções de formação, no âmbito da formação contínua, ou ainda, frequentando cursos de pós-graduação, como cursos de especialização, mestrados ou doutoramentos em ciências da educação ou da sua especialidade.

 

Aqueles que tão levianamente criticam os professores deveriam, primeiro, saber do que estão a falar. Depois, já com os conhecimentos adquiridos, avaliar o trabalho de quem passa a vida a estudar para ensinar. Atrevo-me a chamar de insensato àquele que, não sabendo do que fala, quer dar-se ares de sabedoria, dizendo umas larachas sobre educação, querendo até avaliar o trabalho científico-pedagógico dos professores!

António Pinela, Refelxões.