Histórias para crianças contadas por Passos Coelho
Conta Passos Coelho, o ainda primeiro-ministro e presidente do PSD: «Nós para crescer precisamos de financiamento, e para ter financiamento precisamos de pôr as contas em ordem. O resto (…) é uma história para crianças», preleccionou, alegremente Passos, no encerramento da “Universidade de Verão do PSD”, em Castelo de Vide (30.08.2015).
E quais são essas “histórias para crianças” do reportório de Passos Coelho? Rebuscámos apenas algumas, as mais preferidas do contador de histórias "social-democrata":
- Corte nos salários;
- Corte nas pensões;
- Aumento das taxas moderadoras;
- Brutal aumento de impostos;
- Criação da sobretaxa no IRS;
- Deterioração do Serviço Nacional de Saúde,
- Sufocação da educação;
- Danificação da Segurança Social;
- Precariedade no trabalho;
- Emigração de técnicos altamente qualificados, cuja formação foi paga com impostos dos portugueses;
- Insolvência de milhares de famílias: umas que já não conseguem pagar as rendas aos bancos, perdendo o seu lar; outras que já não conseguem pagar a electricidade, a água e o gás… vivendo abaixo do limiar de pobreza;
- Insegurança pública e privada;
- Venda dos símbolos de Portugal: TAP, CTT, REN, EDP, ANA (Aeroportos de Portugal) etc.
- Afrontamento sistemático do Tribunal Constitucional…
Eis, as “histórias” que o grande pensador social-democrata, Passos Coelho, gosta de contar às crianças. Histórias que não afectam só as crianças, mas também os pais e os avós destas. Vale a pena que as “crianças” em idade de votar, os seus pais e os seus avós reflictam sobre tais malévolas histórias, antes do dia 04.10.2015. Porque, se a coligação PSD/CDS ganhar as próximas eleições legislativas, crianças, pais e avós não tenham dúvidas, eles terão mais histórias para nos contar, a começar pelo corte de 600 milhões de euros nas pensões; bem como a entrega de parte dos descontos para a Segurança Social a serviços privados que, obviamente, visam o lucro. É aquilo que pomposamente chamam o plafonamento.
Estejam atentos às subtilizas da campanha eleitoral da coligação, que mais não visa que aniquilar o Estado Social, tão duramente conquistado desde o 25 de Abril de 1974. Data que eles tanto odeiam. Será Porquê?
António Pinela, Reflexões.