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FILOSOFIA

A Filosofia nasce na Grécia, em Mileto , cidade Jónica da Ásia Menor, hoje Turquia. A sua emergência resulta do facto dos primeiros pensadores sentirem necessidade de compreender e explicar a natureza (Physis) de modo racional.

FILOSOFIA

A Filosofia nasce na Grécia, em Mileto , cidade Jónica da Ásia Menor, hoje Turquia. A sua emergência resulta do facto dos primeiros pensadores sentirem necessidade de compreender e explicar a natureza (Physis) de modo racional.
30.09.17

Liberdade humana


António A. B. Pinela

A vida humana constitui, a cada momento, um todo. Tanto é assim que os nossos actos presentes são sempre influenciados pela nossa história de vida.

Lenta, mas progressivamente, o homem vai-se circunscrevendo aos limites da sua vida momentânea e vai perdendo liberdade, porque cada vez mais o peso do seu passado influência o seu presente.

A liberdade humana está sempre comprometida com o existir. Com efeito, não existe liberdade abstracta. Assim, pode dizer-se que o homem está sempre limitado: está limitado pela sua constituição biológica, mas também psicológica; pela sua cultural, mas também, e particularmente, pelas suas decisões passadas.

«Se eu tivesse agora menos 10 anos faria isto ou aquilo», é comum dizer-se. O que quer dizer que cada homem podia ter sido muito diferente daquilo que é! Podia ter sido outro homem! Mas isso já não é possível. Aliás, nunca é possível – aquela oportunidade já passou, já não podemos escolher caminho diferente; apenas pequenos desvios, que ramificam o caminho anterior, são possíveis.

António Pinela, Reflexões.

09.09.17

Dar passos maiores do que a perna


António A. B. Pinela

O PCP e o BE não gostaram de ouvir de António Costa que não é possível “dar passos maiores do que a perna”, reportando-se ao Orçamento de Estado para 2018.

Provavelmente, tanto Jerónimo de Sousa como Catarina Martins ainda não intuíram da possibilidade de António Costa também não gostar de ouvir algumas [muitas] coisas que dizem, no que respeito diz à sua governação.

Quem ouvir, por exemplo, Catarina Martins, no seu afã de mostrar protagonismo, fica com a sensação de que ela é que é a Primeira-Ministra. Não fora ela e nada de razoável teria sido feito desde a tomada de posse deste governo.

Jerónimo de Sousa é mais prudente nas suas reivindicações. Afinal, a experiência conta muito.

Mas devo fazer um reparo a estes dois apoiantes deste governo. Se o Partido Socialista alinhasse pelas suas políticas, daqui a dois anos teríamos por cá, outra vez, a TRÓICA a assombrar as nossas vidas.

É bonito e parece bem reivindicar em nome do povo, é o que todos os políticos fazem. Mas não me esqueço do brutal aumento de impostos, de cortes e congelamentos de salários e pensões, etc., executados pelo anterior governo, que a todos atingiu.

Que se dêem passos razoáveis e seguros, com o objectivo de devolver a trabalhadores, reformados e pensionistas o que lhe foi retirado de 2011 a 2015, para que se possa melhorar a situação de todos. Dar passos maiores do que a perna conduz, necessariamente, a quem os dê, a que se estatele no meio do chão. E, às vezes, as quedas trazem sequelas perduráveis. É bom não esquecer.

António Pinela, Reflexões.

07.09.17

A MIÚDE VEM À BAILA A REFORMA DO ESTADO


António A. B. Pinela

Amiúde vem à baila a dita “REFORMA DO ESTADO”.

Ouvimos e vemos nas TV’s e lemos nos jornais que urge que Portugal faça as Reformas Estruturais. Reformas e mais reformas é o que reclama a direita, direitíssima, portuguesa, sobretudo aquela que governou no período da TROIKA, e agora, a contragosto, está na oposição. Mas, políticos, amanuenses e comentadores, tudo pessoas bem-pensantes apenas nos dizem: é preciso fazer a Reforma do Estado. Mas ficam-se por aqui. Não dizem quais as Reformas que é preciso fazer e, consequentemente, como as realizar. Pois é: dizer é uma coisa, fazer é outra, bem diferente, não é?

Questiono-me, então, será que estes sapientes “sabem” do que falam, ou falam de outiva, ou apenas correm atrás dos modismos para assinalarem: «eu estou aqui, também percebo da coisa, convidem-me para debates…»

Alguns, os mais afoitos, vão apontando as suas reformas: temos que acabar com as grandes filas de espera nos aeroportos, devido à deficiência dos serviços; não devemos permitir que o país arda mais e morram mais pessoas, devido à falta de coordenação de meios; que se apetrechem os quartéis para que não roubem mais armas… e outras coisas similares.

Outros, ainda mais “informados” vão dizendo que é preciso fazer muitas reformas, e dão alguns exemplos: O Serviço Nacional de Saúde, A Segurança Social, O Ensino Público, as Leis do Trabalho e acabar com “O modelo hostil à União Europeia, que perfilha o Modelo [neo] liberal…” Enfim, dizem os mesmos, que “precisamos de fazer reformas que tornem o Estado menos oneroso e mais eficiente” e “que se apoie mais a iniciativa privada". Tudo isto para criar aquilo que a direita retrógrada gosta muito: um Estado Mínimo. Porque uma política que fortaleça o Estado Social é algo que os repugna.

Os sábios a que me refiro, que tenho de ouvir e ler para os perceber, apelam, portando, a que o governo faça reformas, falando delas muito vagamente, para confundir o auditório, não indicando nada em concreto.

Seria interessante, e pedagógico, que tais personalidades dissessem claramente ao que vêm: que reformas querem, como as implementar? Desta forma dariam um forte contributo para o debate público de tão importantes medidas que defendem, e para o desenvolvimento sustentável do País, que tanto reclamam.

Deixem-se de apregoar loas que ninguém entende e digam ou escrevam palavras e textos que o povo perceba. Não falam para correligionários, apaniguados ou para amos. Falem claro e para todos.

António Pinela, Reflexões.