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FILOSOFIA

A Filosofia nasce na Grécia, em Mileto , cidade Jónica da Ásia Menor, hoje Turquia. A sua emergência resulta do facto dos primeiros pensadores sentirem necessidade de compreender e explicar a natureza (Physis) de modo racional.

FILOSOFIA

A Filosofia nasce na Grécia, em Mileto , cidade Jónica da Ásia Menor, hoje Turquia. A sua emergência resulta do facto dos primeiros pensadores sentirem necessidade de compreender e explicar a natureza (Physis) de modo racional.
16.06.15

Que falta vender em Portugal?


António A. B. Pinela

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Passos Coelho e Paulo Portas vendem tudo, mas sobretudo vendem o que não é deles. O que já venderam era, e o que estão para vender é de todos os portugueses; logo, à luz das minhas leis, porque Portugal também é meu, cometeram e cometem ilegalidades.Mas antes de avançar na minha reflexão, deixo a seguinte pergunta aos meus leitores: Porque será que tudo o que este governo põe à venda tem muitos interessados?

É que o governo diz que as empresas do Estado dão prejuízo, têm dívidas elevadas, estão falidas… Mas se dão prejuízo e têm dívidas elevadas, porque as cobiçam tanto, os privados? Diz apressado o governo do PSD/CDS: Os privados são melhores gestores que os públicos. Mas, pergunto eu, que não percebo nada da gestão das grandes empresas, apenas sei gerir, com dificuldade, a reforma que aufiro depois de trabalhar desde os dez (10) anos de idade até aos 65; pergunto eu, dizia, não é verdade que os tais sábios gestores passeiam-se entre o sector público e o sector privado da economia? E já agora, uma pergunta muito ingénua: quem nomeia os gestores para as empresas do sector público, é o Povo, o Parlamento ou o governo? Diz-me a minha memória que é o governo. Então, sendo assim, das duas uma, ou as duas ao mesmo tempo: ou o governo não percebe nada de gestão e então nomeia gestores, apenas por critérios políticos, para arruinar as empresas e, depois, ter argumentos para as privatizar; Ou os gestores, sendo competentes no privado, sabendo que o governo não lhes convém a sua competência, deixam correr o marfim, dando pretexto ao governo para aplicar a mesma receita: privatize-se.

Ora, tem sido, na minha despretensiosa opinião, o que têm ocorrido nos últimos anos, em Portugal. Arranjar argumentos, mesmo à trouxe-mouxe, para desbaratar o sector público do Estado. Não confundamos o Estado com o governo. Parafraseando um amigo de juventude, arranha-me o cérebro quando oiço alguns governantes dizer que falam o nome do Estado; sabendo eu que tal não é verdade. Eles falam em nome próprio, talvez do governo, agora do Estado? Livra!

Mas voltemos às empresas que têm estado em leilão. Este governo do PSD/CDS já vendeu quase todos os símbolos de Portugal, e fê-lo com uma perna às costas:

  • EDP (a eléctrica portuguesa): Os 21,35% que o Estado ainda detinha foram despachados para a China Three Gorges.
  • REN (a empresa que gere as redes de electricidade e gás do país) foi entregue à Chinesa State Grid e à Oman Oil.
  • CTT (um dos símbolos maiores de Portugal) foi despachado, em bolsa.
  • Fidelidade (os seguros da Caixa Geral de Depósitos) também não fugiu ao capitalismo bondoso dos chineses da Fosun.
  • HPP (hospitais privados de Portugal, também do universo CGD) foram parar às mãos norte-americanas da Amil.
  • ANA (Aeroportos de Portugal) teve o mesmo destino, mas desta vez ficou aqui mais próximo, Coelho/Portas venderam esta empresa à Vinci de França.
  • FALTA VENDER O QUÊ? Espanhóis, franceses e ingleses, e “o novo dono da TAP”, estão desejosos para comprar a Carris e o Metro de Lisboa… deve ser porque são empresas que dão prejuízo! Depois disto, que falta vender? AS RUAS DE PORTUGAL. Provavelmente, será isto que bailará naquelas mentes iluminadas, patrióticas e de direita que, transitoriamente, nos saíram em sorte, mas que sorte, meu Deus!

António Pinela, Reflexões.

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